"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

sábado, 3 de novembro de 2012

UM NOVO OLHAR SOBRE O PECADO “ORIGINAL”

Sem debater as várias tendências que existem sobre o dito pecado original tratado no livro do Gênesis, quero propor um novo olhar sobre o tema. Um olhar mais contemporâneo.

Recebi a pouco uma postagem sobre o movimento “Gota D’Água”, que mostra de forma clara e explícita algumas questões que correm “camufladas”, escondidas da grande maioria dos mortais brasileiros. Assisti com atenção aos vídeos, os depoimentos, a música e resolvi por pra fora o que penso sobre o tema em questão, com base no que acredito ter sido o pecado original. Vou pautar minha “visão” no argumento bíblico. Verdade ou não (para muitos) é o que tenho.

O conto bíblico diz que Deus criou todas as coisas e fez um laboratório dentro do mundo criado. Um jardim que ele chamou de Éden. Dentro dele, colocou um jardineiro. Curiosamente este jardineiro, fora “criado” de elementos do próprio jardim, não era um ente dissociado daquele lugar, era parte integrante. Pois bem. Criado para cuidar do jardim – o laboratório – recebeu a ordem de “cuidar e zelar” por tudo que havia dentro daquele espaço, só lá dentro. A fêmea, retirada de dentro dele é sua outra expressão existencial, seu alter ego, sua parte mais ditosa. Um seria o braçal e a outra seria a doçura.

Ele recebeu a ordem de “comer do fruto de todas as árvores do jardim”, menos uma. Aquela não, era proibida. Mas por que? Você pergunta. PORQUE SEUS FRUTOS NÃO ESTAVAM MADUROS! Só isso. Não estava na hora de serem tirados e comidos, não estavam prontos para servirem de alimento. Por isso eram proibidos. Mas eram bonitos para serem consumidos, “eram desejáveis para dar entendimento”. Sem resistir, o jardineiro “comeu”. Mas antes de comer, seu lado fêmea tirou da árvore a fruta verde. Bonita mas verde. Uma violência. Igual como se faz hoje com crianças bonitas e desenvolvidas mas ainda verdinhas para a vida sexual – igualzinho. Eles cometeram o primeiro crime contra a natureza.

Depois que fizeram a besteira de tirar uma fruta verde e come-la. Os dentes da alma se embotaram pelo estado não maduro da fruta e eles “perceberam que estavam nus”. A nudez é o estado de vergonha proveniente da exposição fora de hora. Não estava madura a fruta, não era a hora de ela ser retirada da árvore, por isso, eles ficaram nus. Ficaram nus como a arvore ficou nua de sua fruta, ficaram nus como a arvore ficou nua de sua semente.

Notem a sucessão de crimes contra a natureza que o jardineiro e seu alter ego cometem.

Primeiro comem uma fruta verde. Depois para esconder sua nudez arrancam folhas de parreira para com elas fazerem roupas. Que doidice. Todo mundo pensando que a questão do pecado era o sexo mas não era. Pense comigo. Fruta arrancada antes da hora faz a arvore sangrar – arranque uma fruta verde pra ver. Depois folhas arrancadas para fazer roupa. ROUPA PRA QUE?! Me poupem! Crime contra a natureza.

Depois, mais tarde, “a tardinha, perto da viração do dia” o DONO do jardim vem para o bate papo vespertino. “quem te disse que estavas nu?” eles nem sabiam o que era nudez, viviam em harmonia com seus corpos nus, despidos de culpa, desnudos dos sentimentos mesquinhos do “eu errei...”, “tou ferrado...”. estavam nus. Mas quem disse, quem mostrou isso a eles? Ele, covardemente diz “foi ela, que TU me deste”. Ela diz, “foi o bicho que me disse que a fruta tava boa e eu comi”. A “cobra” não diz nada, coitada. Cobra não fala, coitada.

Mas o veredito final vem do CRIADOR. Cria-dor mesmo. Ela vai ter as dores de parto potencializadas, terá seu desejo de comer – seja lá o que for – subordinado ao macho. Ele vai trabalhar feito um burro de carga mas não vai ter o sustento alegre no fim do dia. O bicho perdeu as pernas (...) e a “terra”, o planeta, a natureza é maldita porque o jardineiro não cuidou dela como deveria, respeitando o eco-sistema, as nuances da vida natural. Passou a germinar espinhos e ervas daninhas. Parasitas vegetais que “comem” outros vegetais. Tudo isso porque o objetivo da nossa existência dentro do jardim não foi alcançado.

E continua assim. Ainda é assim. Os nativos da terra, estão sem terra, morando amontoados em terras que antes pertenciam a eles. A incompetência permissiva dos governos que entram e saem, precisa ser reparada derrubando arvores seculares, alagando florestas inteiras para que a luz chegue em nossas casas. Cacete! Isso é um pecado mesmo. Não é de se admirar o motivo que DEUS, se tornou o criador de dores para nós, seres estúpidos que não conseguimos cuidar dos nossos jardins particulares. Enchemos nossos pedacinhos de terra com arvores queimadas, bois comendo pastagens insalubres, depois vendemos tudo pra um politico rico que vende pra outro cara mais rico ainda e transforma o que antes era uma exuberante floresta em charco ou estacionamento de shopping center.

Agora diz pra mim. O que é pior uma trepadinha ou derrubar milhares de árvores, matando todo tipo de vida existente?

Eu fico com a segunda.

Pense um pouco. Seja inteligente. Jesus, o MESSIAS recupera a paz com DEUS que foi perdia por causa da nossa burrice. Ele dá um pouco de inteligência para que possamos cuidar melhor do nosso jardim do éden tropical. Proteste! Aceite essa salvação.

Jesus salva da ignorância ecológica. Pense nisso.