"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

domingo, 20 de julho de 2014

REVELADOS POR DEUS, INSPIRADOS POR SATANÁS.

Não sei se esse título seria o melhor. Mas é por aqui, e antes de entrar no ensino do texto, propriamente dito, preciso fazer algumas considerações sobre alguns termos que estão contidos nele.

“REVELADOS POR DEUS”. A intenção é dizer que muitas pessoas tem recebido revelações vindas da parte do ETERNO. O termo ‘revelar’ significa, tirar o véu, ‘desvelar’, mostrar o que é. Em meu entendimento, muitos tem sido ‘revelados’ por Deus. Ou seja, o ETERNO, lhes tem mostrado alguns direcionamentos, situações (...), algo de novo, de desconhecido. Lhes tirou o véu dos olhos e eles passaram a ver o que antes lhes era ‘impossível’.

“INSPIRADOS POR SATANÁS”. O termo ‘inspirar’, significa: ‘Infundir sentimento, emoção, estado de espírito; Impressionar muito, despertando em alguém vontade de criar ou realizar algo; Sofrer influência ou seguir o exemplo de alguém, para realizar algo’. É neste sentido que o título desse artigo foi construído.

Revelada minha intenção, vamos ao texto e ao estudo de hoje.

“Jesus e os alunos – discípulos – continuaram percorrendo as cidades de Cesareia de Filipe. No caminho, ele perguntou a eles: ‘Quem as pessoas dizem que eu sou?’. ‘Alguns dizem que você é João, o Imersor’, eles lhe disseram, ‘outros, que é Elias – Eliyahu –, e há quem afirme: um dos profetas’. ‘E vocês’, ele perguntou, ‘quem dizem que eu sou?’. Kefa respondeu: ‘Você é o Machiach – Messias’. Então Jesus os advertiu de que não dissessem nada, a ninguém, a seu respeito. Ele começou a lhes ensinar que o Filho do Homem deveria suportar muitos sofrimentos, ser rejeitado pelos anciãos, principais Sacerdotes e mestres da Torah. Após isso, seria morto, mas, depois de três dias, ressuscitaria. Ele lhes falou claramente sobre o assunto. Pedro o levou para o lado e começou a repreendê-lo. Entretanto, Jesus se virou e, olhando para os alunos – discípulos – repreendeu Pedro: ‘Afaste-se de mim, Satan! Seu raciocínio procede de uma perspectiva humana, e não do ponto de vista de Deus!’.”. Marcos 8:27 a 33.

Ao deparar-se com a explicação da revelação recebida, Pedro parece não ter entendido absolutamente nada. No evangelho de Mateus capítulo 16, verso 17, Jesus diz a Pedro e aos outros alunos que sua afirmação, era na verdade uma revelação, pois não era produto de nada humano, mas sim, de uma intervenção Divina em sua cognição. A afirmação de que Jesus era o Messias, o filho vivo de Deus, não foi entendida por Pedro.

Como já disse em artigo anterior, no jogo da colocação das palavras, o sentido é torcido e distorcido ao bel prazer do tradutor, e eu me incluo entre esses prováveis “distorcedores”. Isso por que minhas livres traduções de alguns textos da Bíblia, não seguem padrões preestabelecidos, seguem meu entendimento espiritual do que leio. Além disso, em meu coração se estabelece a certeza proveniente de uma relação totalmente desprovida de “prés”. Minha relação com o ETERNO não está baseada em liturgias, nem em dogmas, nem doutrinas, nem em religiões, nem em estereótipos quaisquer. Minha relação com o ETERNO, bendito seja ELE, se estabelece dentro de mim, não mais com certezas, mas com verdades. Sei quem sou e estabeleci como meta de Louvor ao Criador, ser o que serei.

Mesmo ao receber a revelação por parte de ADONAY, que Jesus era o que seria: o FILHO VIVO DE ELOHIM, Pedro não entendeu isso, mesmo depois do possível exaustivo ensino do que significava se um FILHO VIVO – como já expliquei minimamente em artigo anterior.

Nesse assustador momento na vida daquele aluno impetuoso e sincero, agir era imprescindível: “... de modo nenhum isso te acontecerá!”. A força do texto em hebraico deixa clara a intenção daquele aluno de impedir a todo custo que seu mestre morresse. Para que você possa entender a força da revolta do aluno, se o episódio tivesse acontecido em nossos dias, o gesto retrucante de Pedro seria acompanhado pela enfática frase: “... nem pelo c%$#@&*, você vai morrer. Eu não vou deixar...”. A repreensão de Pedro a Jesus foi completamente natural, não há nada de diferente, nem nada de estranho, muito menos de demoníaco. O gesto de Pedro foi completamente natural, totalmente humano, movido pela mesma pureza que o capacitou ser o receptor da revelação Divina.

Porém, o efeito do seu ato/gesto, registrado em palavras escritas durante dois mil anos, foi da mesma forma divina, repelido pelo santo professor. Afaste-se de mim, satan!” Quanta dureza, quanta força, quanta frieza vinda da parte de um bondoso professor. Bondoso sim, mas uma pessoa direta e objetiva, sabia o que queria, sabia para onde ia, sabia onde queria chegar.

A religião ocidental, desestudada e desentendida das verdades bíblicas, sobretudo daquelas oriundas da verdades sócio/religiosa/cultural do judaísmo, transformou o adjetivo “satan” em um ente “Satan”. Isso tem feito uma grande confusão, no mundo inteiro. O mundo religioso criou o ser mas o que existe é o termo, que define uma função. “Satan”, entre outras coisas, significa “aquele que impede”. Naquele momento a emoção de Pedro estava tentando impedir que Jesus cumprisse seu objetivo que era morrer para se tornar o FILHO VIVO. Sem morte não poderia haver Messias; sem morte não poderia haver salvador; sem morte não poderia haver salvação. Jesus não chama Pedro de Satan, chama de satan o que produziu nele um sentimento melancólico e inseguro.

Uma última explicação é necessária. O sentimento apaixonado de Pedro por Jesus, só foi repreendido pelo Mestre, porque o afetou, porque mexeu com ele, porque fez com que questionasse a possibilidade de amar mais que morrer.

Aplicando para nossa vida diária. Muitas vezes o ETERNO nos revela um lindo futuro de vida, de bênção, de paz, amor e tranquilidade. Porém, invariavelmente para que essa nova vida eterna venha a existir, morrer é necessário. Porém não queremos que essa “morte” ocorra, nos tornamos Pedro e deixamos que nossos sentimentos de “vida” nos tire a visão de eternidade, e dizemos em nossas preces que não queremos passar pela morte. Mas não existe outra forma de viver eternamente, se não houver uma morte. Pense nisso.

Qual vida lhe foi revelada? Qual vida o ETERNO lhe mostrou que existe depois da curva? Qual vida você viu diante dos seus olhos em um lampejo instantâneo? Linda, né? Se você acredita que essa vida pode existir para você, saiba que antes dela uma morte é necessária. Isso é irremediável.

Viver para sempre é totalmente diferente de viver eternamente. O para sempre tem a ver com estar vivo; por sua vez, viver eternamente tem a ver com os valores íntimos que nos perpetuam a existência, mesmo depois de nossa vida se for. Se pensarmos assim, morreremos mas continuaremos eternos na vida daquele a quem tocamos com nossa vida. Se não for assim, esse “... raciocínio procede de uma perspectiva humana, e não do ponto de vista de Deus!’.”.


Deus lhe abençoe.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

MAIS DE MEIO SÉCULO. COMEÇANDO A TERMINAR A VIAGEM.



Hoje, completo 52 anos de vida. Uma Graça incomensurável do ETERNO. Só eu sei as esquinas que passei até chegar aqui. Não foram poucas (...).

Foram muitas dores, muitos sustos, muitas bênçãos (...), muita coisa mesmo. Nesse caminho, que entra na linha descendente, porém não menos viva, não menos criativa, não menos nova, não menos surpreendente, fui presenteado com quatro lindos filhos. Eles são a minha eternidade, eles carregam em si aquilo que sou. Não são iguais a mim, são melhores. Eles me melhoraram, foram gestados em úteros de duas mulheres que me lapidaram dentro de si, para gerarem os seres melhores que nós – elas e eu – que são nossos filhos.

Nesse voo, que agora aponta para baixo, porém não raso, nem acidental, construí amizades. Umas verdadeiras, outras nem tanto; mas não me arrependo de nenhuma. Todas me fizeram crescer, aprender e entender um pouquinho mais sobre mim mesmo. Nesse planar nas asas da existência, não gasto mais meu tempo brigando por times, por política, por políticos, por doutrinas, por religiões, por certezas (...); tento olhar tudo de cima observando como a vida é cíclica. O que hoje é, amanhã não é mais (...). As lutas pelas vitrines foram deixadas para traz na mesma proporção que eu me escondi em mim. Só não dá para mudar quem sou; sou assim espalhafatoso desde criança... já dizia minha saudosa e querida mama Ruth.

Nesse mergulho que faço sozinho, não por falta de companhia, mas porque só caibo eu no cockpit, tenho aprendido “apreciar a viagem”. Envelhecer sempre foi uma realidade distante, quando eu tinha 18 anos, hoje é um sonho presente. Olho para o espelho e vejo como é bonito ficar velho. Como para mim é gracioso perceber cada ruga nova, ver quantos pelos se fizeram brancos em minha barba, nos últimos meses; e quantos deles se escondem nos desgrenhar dos cabelos. Observar o corpo modificar é em certos momentos hilário, perceber que me sumiram “partes” do corpo; descobrir outras saliências antes escondidas pelas curvas da juventude chega a ser engraçado. A poesia “Sapato Velho”, de Mú Carvalho, Cláudio Nucci e Paulinho Tapajós é verdade para mim. Não sei quantos que depois dos 50 se admitem “sapatos velhos”, porém ainda úteis para “esquentar pés frios”. Me olho, me vejo assim (...).

Nessa caminhada que já passa de meio século, dividindo bênçãos, dores, paixões, rancores, perdão, suspiros, prazeres, desenganos, desapontamentos, certezas, verdades, mentiras, ilusões, fartura, penúria, escassez, bonança, vitórias, derrotas, ajuntamentos, afastamentos, proximidades, separações, perdas e ganhos (...), amei uma vez e nunca mais desamei (...).

Ano passado, 17 de julho de 2013, eu e a esposa Lena, recebemos de presente do amigo Raimundo Barreto, alta do hospital São Lucas junto com um recipiente que continha um dos lados da minha tireoide com um tumor de quase seis centímetros (...). A “festa” de aniversário foi aqui no lar dos primos queridos, Osamir e Helen, onde convalesci (...). Hoje, um ano depois, estou novamente neste lar (...), minhas esquinas não terminaram (...). Sinto falta de muitas pessoas importantes que se foram da minha vida, a maior falta é de mama Ruth, de abençoada memória, que já está com o ETERNO.

Nesses anos, a vida não se tornou mais fácil, mas sim, menos difícil. “Mais fácil” não é o mesmo que “menos difícil”. A primeira refere-se ao relaxamento das tensões existenciais, a segunda diz respeito à capacidade de lidar com essas tensões. Experiência. Paulo o apóstolo dizia que as tensões, as angústias, produziam nele um estado de quase prazer, porque ele sabia que cada nova tensão o faria mais paciente, mais experiente, mais esperançoso; mais confiante na soberania DIVINA. Não sei se tenho tal capacidade, mas tenho tentado enfrentar as esquinas da minha vida com o mínimo de sabedoria.

Hoje meus rompantes são em menor quantidade, mas não menos intensos; meus atrevimentos comedidos, mas não menos ferinos. Me olho e me vejo um barquinho no meio da correnteza, atravessando de “ladinho” para não afundar (...); tenho de deixar os que navegam em mim, na outra margem, em lugar seguro e depois seguir minha viagem.

Hoje completo 52 anos. Tenho quatro filhos e escrevi um livro. Só me falta fincar as raízes de uma árvore na terra e vê-la crescer.

Obrigado a todos que participam dessa caminhada, ontem e hoje. Me perdoem o texto meio “cara amarrada”. Mas não é todo dia que se vive pouco mais de meio século, não tendo e tendo de ter pra dar. “Sabe lá...”.


DERRAME O ETERNO, BENÇÃOS SOBRE TODOS NÓS.

domingo, 13 de julho de 2014

TODO MUNDO QUER VIVER PARA SEMPRE, MAS NINGUÉM QUER MORRER...

... continuando o estudo do trecho de marcos oito. Vamos ao texto.

“Jesus e os alunos – discípulos – continuaram percorrendo as cidades de Cesareia de Filipe. No caminho, ele perguntou a eles: ‘Quem as pessoas dizem que eu sou?’. ‘Alguns dizem que você é João, o Imersor’, eles lhe disseram, ‘outros, que é Elias – Eliyahu –, e há quem afirme: um dos profetas’. ‘E vocês’, ele perguntou, ‘quem dizem que eu sou?’. Kefa respondeu: ‘Você é o Machiach – Messias’. Então Jesus os advertiu de que não dissessem nada, a ninguém, a seu respeito. Ele começou a lhes ensinar que o Filho do Homem deveria suportar muitos sofrimentos, ser rejeitado pelos anciãos, principais Sacerdotes e mestres da Torah. Após isso, seria morto, mas, depois de três dias, ressuscitaria. Ele lhes falou claramente sobre o assunto. Pedro o levou para o lado e começou a repreendê-lo. Entretanto, Jesus se virou e, olhando para os alunos – discípulos – repreendeu Pedro: ‘Afaste-se de mim, Satan! Seu raciocínio procede de uma perspectiva humana, e não do ponto de vista de Deus!’.”.
Marcos 8:27 a 33

Após tipificar o “ser” Filho de Deus como um “filho da humanidade”, um ser sofredor, rejeitado pelo que é, pelo que pensa, pelo que vive, pelo que sente. Essa rejeição vem dos sacerdotes, dos donos da religião, daqueles que se entendem representantes de Deus na terra. Depois disso tudo, depois de lhes fazer entender que ele, Jesus, se tornaria o primogênito do Pai, aquele que primeiro nasceria por meio desse ritual mortal, ele lhes afirmou que ressuscitar e viver para sempre é o prêmio para todos aqueles que tiverem a coragem de aceitar o fato de ele ser o Filho de Deus.

Mas há uma questão interessantemente subliminar aqui: para ressuscitarmos, temos de morrer primeiro. É nesse ponto que entendo algumas variantes do ensino de Jesus para os dias de hoje.

Naquele tempo, naquele dia, o Mestre estava ensinando aos seus alunos que a morte é um ritual de passagem necessário para a vida. Não há outra forma de vivermos uma nova vida sem que a morte realize isto. Para nascer o feto tem de morrer de sua vida de feto para se tornar um “recém nascido”; para se tornar uma mulher a menina tem de morrer por meio do sangramento menstrual; para se tornar um homem o menino tem de abandonar a casa paterna e ser “dono” de sua própria casa. Para viver um grande amor o casal tem de deixar morrer o que lhes impede de realizar o sonho. Não há vida sem que primeiro haja a morte. Essa é a mística que une família e tragédia em um só ato.

Viver para sempre é o que nos espera como seres humanos, a morte é um rito de passagem para essa eternidade. Mas ninguém quer morrer para viver pra sempre, todos queremos eternizar o que é finito, findável, terminável, inconstante (...). Todos, queremos eternizar o que não pode ser eternizado. Só há eternidade por meio da não eternidade; só há infinidade por meio da finitude. É dessa afinidade entre morte e vida que nascem os filhos de Deus, aqueles que viverão para sempre.

Estar vivo não é viver. Estar vivo é não morrer. Pode-se estar vivo sem se estar vivendo, pode-se apenas estar “empurrando a vida com a barriga”, pode-se estar acomodado a um estado de tragédia onde viver é um sonho distante. Enfrentar a tragédia é romper a morte, morrendo para poder viver a vida.

Por outro lado, viver não tem muito haver com estar vivo. Alguém que está morrendo pode viver a vida mais intensamente que alguém que está vivo, mas não aproveita da vida. Só vive quem tem a coragem de enfrentar a morte daquilo que impede que a vida aconteça, seja uma mudança de lugar, uma mudança de companhia, uma mudança de emprego, uma mudança de atitude, (...). Na maioria das vezes as mudanças tem representado a morte para a maioria de nós. “Mudar é preciso, mas não é fácil” e não estou dizendo o contrário.

Posso entender que quando Jesus disse que para que ele viesse a ser quem era, teria de morrer primeiro e ressuscitar depois, entendo que ele estava falando, não somente do fato real de sua morte e ressurreição, como ocorreu, mas também de um ritual de passagem para nossa vida. Quando enfrentamos o que nos mata, morrendo pelo que acreditamos, nosso estado de morte é passageiro, no discurso de Jesus, três dias. Mas em nossa vida, nem todo estado de morte dura apenas três dias, uns podem durar 30 anos ou mais. Porém o importante é que ao enfrentarmos a morte, morrendo, nossa ressurreição é fato. Não há como ressuscitarmos se não enfrentarmos a morte. Não há nova vida sem a morte da velha vida.

Muitas vezes estamos mortos vivendo de lembranças. As lembranças embalam o lúdico, o imaginário, mas são como droga que anestesia da certeza de que precisamos matá-las, deixando-as para podermos realizar a vida. Viver não é fácil e não estou dizendo que é, mas viver a vida é divertido, uma experiência única e eterna. Sofremos por querer eternizar o que não pode ser eternizado. As situações passageiras da vida não podem ser eternizadas, as relações não podem ser eternizadas e Salomão em sua sabedoria nos diz isso no seu lamento eclesiástico:

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.” Eclesiastes 3:1 a 8.

Somente a vida é eterna, mas ela só acontece por meio da morte. Essa me parece ser a mística da vida que vem da morte. Ainda incompreensível para mim, ainda assustadora, mas completamente aceitável. Essa passou a ser a ordem de Jesus para todos que querem segui-lo: “...pega tua cruz e me segue”, ou em tradução livre: “... pega o que te mata e me segue”.

Todos, queremos viver para sempre, mas nenhum de nós aceita morrer primeiro para que isso ocorra. Viver para sempre é fato inquestionável. Fomos gerados pelo ETERNO e por isso a eternidade nos pertence, resta saber que tipo de vida eterna queremos ter.

Pense nisso, reflita sobre isso, se deixe morrer e viva a vida.


Deus lhe abençoe.

terça-feira, 8 de julho de 2014

A CULPA É DO SISTEMA DE GOVERNO E PRONTO!!

Esse artigo não é contra o PT, é contra os governos em todos os tempos. Nenhum governo federal investiu no esporte. NUNCA INVESTIRAM NOS ATLETAS! O exemplo disso que afirmo foi a situação vergonhosa e constrangedora que a atleta brasileira, CAMPEÃ OLÍMPICA Maurren Maggi, passou esse ano, tendo de vender rifas para que seus admiradores jantassem com ela, para poder bancar os treinos para as olimpíadas de 2016, que possivelmente serão no Brasil. VERGONHA!!

NA política dos governos Sarney, Collor, Fernando Henrique, Lula da Silva e agora Dilma, não há trabalho digno para o esporte no Brasil. Como não há para a música, para a educação para nada que possa trazer dignidade de verdade AOS CIDADÃOS. Somente para os miseráveis que por medo de perderem seus “benefícios” ficam mantendo incompetentes no poder.

Perdemos a oportunidade de vencer a Copa do Mundo de Futebol 2014, em nosso País. Muitos dizem que é melhor perder para tentar tirar o PT do Poder. Isso pode não acontecer. Até porque, em minha opinião, nem Aécio nem Campos tem competência para serem presidentes de um País tão rico e diverso em tudo, como o nosso. Basta ver o que fizeram em seus Estados. Porém creio que temos de mudar o que está ai.

A derrota da seleção brasileira para a Alemanha por 6 a 0 – até agora, enquanto escrevo este texto – não é culpa do PT, nem da presidente do País. É culpa de um sistema político que está destruindo o País. Um sistema socialista torpe, pobre, pequeno e burro. O mundo todo está saindo dessa onda socialista, todos estão vendo o que as ditaduras políticas têm feito em países escravizados pelo clientelismo.

Um alerta que deve ser feito em alta voz. OS PERDÕES DAS DÍVIDAS AOS PAÍSES DITATORIALISTAS; AS CONSTRUÇÕES MILIONÁRIAS DE PORTOS ESTRANGEIROS EM DETRIMENTOS DOS NOSSOS; entre outras coisas que devem – e serão por mim – ser expostas aos amigos da minha lista, aqui no Facebook.


Mas continuo afirmando. A CULPA DE PERDERMOS MAIS UMA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL, DESTA VEZ EM NOSSA CASA, É DO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO.

... SOFRIMENTO SIM! MAS NÃO SÓ ISSO.

Quando escrevi o último artigo sobre o estudo do capítulo de Marcos oito, intitulado “O sofrimento é para os filhos”, pode ter dado a impressão que sou masoquista, ou gosto de sofrer (...), não se trata disso. Acredite.

Mas o fato de estarmos vivendo em uma sociedade muito religiosa, para não dizer fanatizada por conceitos religiosos tortos e torpes, faz com que o choque de conceito se faça necessário. Aos filhos de Deus foi dado sofrer pela implantação do Reino. A glória se é que há, virá depois (...).

Porém entendo que existem evidências bíblicas que mostram a existência da alegria e da felicidade – embora alguns pessimistas digam que não. Essa felicidade, esse estado de alegria, esses momentos de total e puro prazer, são proporcionados pelo próprio ETERNO, bendito seja ELE, quando nos olha e nos cuida totalmente.

O livro dos Salmos é uma verdadeira coletânea desses momentos de felicidade.

O Salmo 1, diz que feliz – bem-aventurado – é aquele que tem seu prazer, seu sentimento de plenitude, seu orgasmo emocional e intelectual, preso ao estudo da Lei divina. Erroneamente a religião estabeleceu preceitos legais, sem saber qual é a Lei de Deus. De forma simplista, mas não simplória, a Lei de Deus é o cuidado com o próximo. Só isso. Meditar sobre esse fato e transformar essa meditação em ação é que traz alegria e felicidade àquele que cumpre tal Lei;

No Salmo 4, versos 7 e 8, a declaração de total dependência do Altíssimo é fundamental para o estado de alegria pacífica: “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho. Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança.”

No Salmo 9, encontramos no verso 2: “Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.”. O prazer e a alegria dos que reconhecem o ETERNO como seu provedor é clara e pode ser encontrada no verso 10: “Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, SENHOR, nunca desamparaste os que te buscam.”;

Eu poderia transcrever grande parte do livro dos Salmos, para justificar e comprovar que a vida de filho de DEUS, não é apenas sofrimento. Porém vou me deter a um trecho do verso 11, do Salmo 16, que diz: “...na tua presença há fartura de alegrias;...”.

Fartura de alegrias é o estado em que vive todo aquele que é filho de Deus. O sofrimento é para os filhos, sim. Pelos motivos já apresentados. Mas a fartura de alegria também é para os mesmos filhos. Como pode ser? Seriam os filhos de Deus masoquistas? Não. Nada disso. Os filhos de Deus sofrem por ver a ignorância que graça em meio a desgraça plantada pelos espertalhões, pelos mercenários, pelos agiotas, pelos corretores do Reino. Esses desgraçados que cobram pelo que lhes foi oferecido de graça é que nos faz sofrer, não porque nos ataquem diretamente, mas porque levam milhares de pessoas para um inferno existencial, onde o dinheiro é o deus.

Sofremos por sermos rejeitados pelos “donos da religião”, pelos que se acham superiores ao próprio Jesus. Sofremos porque poderíamos ajudar, mas essa ajuda nos é proibida, até de ser oferecida. Sofremos porque os reis dos best-sellers inoculam suas heresias na mente de pessoas incapazes de raciocinar e ver que o que lhe está sendo apresentado é tudo mentira. Sofremos porque vemos todos ficarem presos num emaranhado de certezas sem nenhuma verdade. Sofremos porque nossa alma se angustia vendo pessoas queridas como ovelhas sem pastor.

Esclarecido o fato de que aos filhos de Deus cabe o sofrimento, mas também cabem todas as alegrias do mundo, deixo a todos a Paz.

Deus lhes abençoe.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O SOFRIMENTO É PARA OS FILHOS

Continuando o estudo dos versos 27 a 33 do capítulo oito de Marcos, passo a você um resumido entendimento do que entendo sobre o texto em destaque. Devido estar em trânsito entre Itacoatiara/Manaus/Itacoatiara, estou postando esse artigo agora. Deus ilumine seu entendimento.

“Jesus e os alunos – discípulos – continuaram percorrendo as cidades de Cesareia de Filipe. No caminho, ele perguntou a eles: ‘Quem as pessoas dizem que eu sou?’. ‘Alguns dizem que você é João, o Imersor’, eles lhe disseram, ‘outros, que é Elias – Eliyahu –, e há quem afirme: um dos profetas’. ‘E vocês’, ele perguntou, ‘quem dizem que eu sou?’. Kefa respondeu: ‘Você é o Machiach – Messias’. Então Jesus os advertiu de que não dissessem nada, a ninguém, a seu respeito. Ele começou a lhes ensinar que o Filho do Homem deveria suportar muitos sofrimentos, ser rejeitado pelos anciãos, principais Sacerdotes e mestres da Torah. Após isso, seria morto, mas, depois de três dias, ressuscitaria. Ele lhes falou claramente sobre o assunto. Pedro o levou para o lado e começou a repreendê-lo. Entretanto, Jesus se virou e, olhando para os alunos – discípulos – repreendeu Pedro: ‘Afaste-se de mim, Satan! Seu raciocínio procede de uma perspectiva humana, e não do ponto de vista de Deus!’.”.
Marcos 8:27 a 33

Após pedir aos seus alunos que guardassem seu segredo como uma pérola preciosa, afirmando que esse “guardar segredo” lhes diferenciaria das demais pessoas, não, pelo que tinham por fora, mas pelo que eram por dentro, o Mestre passou a ensiná-los que o ser, fruto desse segredo, ao invés de se tornar alguém desejado pelas pessoas que esperam mudanças, passaria a ser rejeitado por todos.

Mas como pode ser isso? Como alguém que se tornaria o Messias esperado por todos, seria rejeitado? A resposta parece estar na maneira em que o ser humano, principalmente os religiosos veem ou esperam seus “escolhidos”. Nessa parte do ensino de Jesus ele se identifica como o “Filho do Homem”, no hebraico, “ben-hadam”, filho da humanidade – em tradução livre. Esse fruto da humanidade, que havia de “ser” o que “era”, o Messias prometido e esperado por todos, o agente de mudança social e religiosa tão desejado por todas as gerações, seria rejeitado e isso lhe traria muito sofrimento.

A teologia moderna é minimalista e orgânica. Ela trabalha para satisfazer as firulas, os hedonismos, os egoísmos, os selfs adoecidos. Essa teologia adoecida e adoecedora, tem a intenção de formar somente pessoas felizes, sem sofrimento, sem rejeição; ela prega e ensina uma prática de vida de aceitação popular pelo que se tem e não pelo que se é. As teologias modernas – todas elas – são contrárias ao ensino de Jesus. Elas não aceitam a rejeição, o sofrimento, a pobreza, a simplicidade, o pouco. Para essa teologia satânica o sofrimento é castigo de Deus, é ação do mal nas vidas dos sofridos. Pobreza então, nem se fala. Os enlouquecidos pela religião, agora dizem que os gordos estão possuídos pelo diabo. Quanta ignorância (...).

Mas o ensino de Jesus é diametralmente oposto a tudo isso. Ele diz que os filhos de Deus PRECISAM passar por sofrimentos. É o sofrimento que lapida o caráter, é o sofrimento que nos põe diante do espelho, é o sofrimento que nos mostra quem somos de verdade, é o sofrimento que nos presenteia com o prazer. Não há prazer sem dor, sem sofrimento. Entender isso faz uma grande diferença na forma com que tocamos nossa vida.

Jesus nos mostra de forma clara que todo filho de Deus – e naquele discurso, ele em primeiro lugar –, somos rejeitados pelos “donos da religião”. Os anciãos, os velhos que carregam em si toda a tradição do “pode/não pode”, rejeitam os filhos de Deus por acharem que são moderninhos demais para “cargo de ‘messias’”; Os “Principais Sacerdotes”, aqueles que detêm o “poder da palavra”, que pensam guardar em si o conhecimento das verdades espirituais, também rejeitam os filhos de Deus, porque possuem uma teologia simplista demais; os “mestres da torá”, ou “escribas”, “escritores”, também não querem nada com os filhos de Deus por entenderem que suas práticas de vida não merecem sequer registro (...).

Particularmente entendo perfeitamente o que é isso. Sei o que é sofrer por ser rejeitado por ser diferente. Não sei se isso me faz um filho de Deus, mas é muito dolorido ser rejeitado pela forma que penso, pelo que acredito, da forma que acredito, como vivo minha relação com o ETERNO. O livro que escrevi com a intenção de tirar o véu dos olhos das pessoas quanto ao dízimo, está sendo “mau visto” por todos que querem manter o povo debaixo do “cabresto das maldições” (...). Acredito que nossas escolhas por aquilo que entendemos ser verdade, e quando passamos a viver essas verdades sem sequer ter a necessidade de provar para ninguém que o que vivemos é verdade, faz a diferença em nossas vidas. Essa verdade que nos alimenta, é assim porque é mantida em segredo. Continuo falando, escrevendo, ensinando sobre a verdade porque fui designado por Deus para fazê-lo. Só isso.

Fico por aqui, pedindo que você tente achar nessas linhas algo que lhe permita entender um pouco mais os motivos dos sofrimentos que está passando.


Deus lhe abençoe.