"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

domingo, 19 de julho de 2015

UM MERCADO SATÂNICO E DIABÓLICO.

Se a garota Fé, morta pelas tropas do imperador romano no início da era cristã visse o que estão fazendo em seu nome, estaria chorando pelos quatro cantos do céu. Absurdo o grau de mercantilismo que chegamos com o nome do Sagrado, em nome da Fé, em nome de todos os Santos.

Já faz tempo que não concordo e não suporto os movimentos serpentinos nas marchas para essa ou para aquela entidade e/ou credo religioso; tento me manter distante das críticas mas é difícil. Quase impossível (...).

O ser humano – religioso – está perdendo completamente o medo, o temor do ETERNO. Estão brincando de vender seu NOME. Preferem gravar nomes atrelados a ELE em blusas, adesivos, chaveiros e outros penduricalhos, que gravá-LO no coração. Preferem pedir oração para que os CÉUS perdoem seus atos de corrupção, que denunciar a corrupção – em todas as esferas. As novas indulgências estão ai faz tempo.

Para a realização das “Marchas pra Jesus”, os religiosos passam a sacolinha e o pires, nos gabinetes dos políticos, que para se sentirem perdoados pela corrupção que praticam ou participam, patrocinam tais eventos “sagrados”. Coisa mais ridícula! Não sabem – ou até sabem – que estão juntando maldição sobre suas vidas, ajudando nessa alienação religiosa, alimentando um monstro desalmado que sempre se venderá a quem der mais: mais dízimos, mais ofertas, mais ar-condicionados, mais aparelhagens de som, mais instrumentos, mais passagens, mais ônibus, mais, mais, mais... sempre mais. Com diz Salomão “A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta!” (Provérbios 30:15).

Para mim, a aproximação de um filho do ETERNO da política, é para fazer Política com “P” maiúsculo – cuidar dos assuntos relativos a pólis, para denunciar o erro, não para vender seus joelhos, suas preces, seus concelhos. Eu sei muito bem do que falo e o que faço.

Ouvi um amigo que participava da tal marcha, aqui em Itacoatiara, dizer que estava indo para marcar território, que o povo de Deus precisava marcar os territórios na luta contra o inimigo. Ouvi e depois disse-lhe que esse deus que precisa marcar território era muito fraquinho. Essa fala me fez lembrar de um episódio em que um dos papas desse pentecostalismo narcisista, quando esteve em Manaus, saiu mijando nos monumentos históricos e ruas da cidade, para marcar território, proclamando a vitória de Jesus – com mijo?; junto com ele havia um monte de outros mijões e porque não dizer cagões, quer preferem – até hoje – fazer aliança com o mal, que denunciar o mal.

Que triste ver meus amigos e parente participarem desse mercado satânico e diabólico.

Já disse: JESUS NÃO PRECISA DE MARCHA, NÃO PRECISA DE MIJO (...). JESUS DESEJA QUE TODOS TENHAMOS O CORAÇÃO ABERTO PARA OS MISERÁVEIS DA VIDA, PRECISA DE COMPAIXÃO PELOS NECESSITADOS, PRECISA DE UMA IGREJA QUE DENUNCIE A FALTA DE SAÚDE, A FALTA DE SANEAMENTO, A FALTA DE RESPEITO COM O NOSSO DINHEIRO. A IGREJA DO SENHOR NÃO PRECISA DE POLÍTICOS, PRECISA DE FILHOS DE DEUS.


Lembrem-se todos: O QUE MARCA O TERRITÓRIO DO SENHOR É O SANGUE DO MESSIAS E ISSO, JÁ ACONTECEU NO MADEIRO. VIVAM ESSE SACRIFÍCIO.