"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

EXTREMISMO RADICAL: SEMENTE DA ANIQUILAÇÃO HUMANA

 

O assassinato do jovem Charlie Kirk, em 10 de setembro de 2025, expõe uma revelação perturbadora: a incapacidade absoluta de sustentar, com argumentos, a ideia de que determinados valores permanecem inquebráveis.

Ao desafiar seus opositores a provarem que estava errado, Kirk não apenas afirmou sua firmeza intelectual, como também desnudou a pobreza de raciocínio e a fragilidade de seus interlocutores. Muitos, aprisionados em bolhas de narrativas emocionais e frágeis, não conseguiam desmontar a clareza lógica do jovem. O mais inquietante, contudo, é que sua voz foi silenciada não pela força de ideias, mas pelo radicalismo ignorante de uma bala.

Tenho observado, com pesar, esse ódio desenfreado travestido de justiça, corroendo mentes e corações. Não surpreende que religiosos alimentem os extremos: discursos radicais germinam inevitavelmente em árvores daninhas contra tudo o que é equilíbrio.

A morte de Charlie Kirk não é apenas prova do que pode fazer um algoz radical. É a revelação do estágio a que chegou a humanidade: rotular e eliminar todo aquele que ousa manifestar-se de forma diferente. O mesmo mundo que o eliminou é o que não admite concorrência leal, sufoca vozes divergentes e rejeita qualquer crescimento fora de seu quintal de ignorância.

Deixamos de ser pessoas para nos tornarmos adjetivos. Já não somos lembrados pela história que carregamos, mas reduzidos a rótulos frágeis: “conservadores”, “aliados de fulano”, “filiados ao partido tal”, “sicranistas”. Assim, a singularidade do ser se dissolve na massa, e o humano se reduz a um estereótipo. Perdemos a inteireza da identidade e nos convertemos em caricaturas mal esboçadas pela ignorância alheia. E quando o outro é eliminado, junto dele se sepultam memória, dignidade e valor. É a encenação trágica do antigo alerta bíblico: não se deixe arrastar pelos extremos, pois neles a vida se desfaz em desumanidade.

Com pesar e indignação,

Alexandre Rocha
5h – 11 de setembro de 2025