Você, não sei.
Eu gostaria de não ser.
Tenho observado com atenção o
embate filosófico dos “canhotos” empoderados contra os “destros”
a empoderarem-se. Todos iguais, todos. Somos seres divididos em castas: os
executores, os legisladores e os judicantes. Todos executam, todos legislam e
todos julgam EM BENEFÍCIO PRÓPRIO. A corrupção está em todos os seguimentos da
existência demo-crática desse novo-país-novo.
Define-se corrupção
como: ato ou efeito de corromper alguém, ou a si mesmo; decomposição; devassidão;
depravação; suborno; peita.
Por sua vez, corromper
é o ato volitivo, intencional de: deteriorar; decompor; alterar; perverter;
induzir a realizar ato contrário ao dever, à ética. É apodrecer-se,
adulterar-se, deteriorar-se.
Ainda, decompor tem
o sentido de: separar os elementos componentes de algum elemento ou de
algo, de alguém; estragar e estragar-se.
A devassidão é a
principal característica da vida de um devasso, que pode ser
definido como um ser: destituído de valores morais, com comportamento
desregrado e invariavelmente imoral; libertino, licencioso.
Ser corruptor é usar da
possibilidade de dar dinheiro ou outros valores a, para conseguir ‘coisa’
ilícita ou imoral para si ou para “outros” em seu nome.
Dentro do panorama definitivo – de
definição - que apresenta o texto, nos reportamos quase que imediatamente para
a realidade “POLÍTICA” do País. Porém, precisamos ser verdadeiros e não
corruptos diante dos fatos. Estamos vendo um OROBORO de verdade.
Oroboro é a cobra
ou o dragão que morde a própria calda, algo que simboliza o “ciclo interminável”
ou “um ciclo que inicia e termina e reinicia ...”. Penso ser esta
a situação da corrupção no Brasil, um SISTEMA OROBORÍSTICO, onde o fim
se confunde com o início.
Em cada casta – já mencionada
– no Brasil, existe um SOC (Sistema Oroborístico de Corrupção),
onde o fim de um se mistura com o início de outro e assim por diante. Não
adianta atacarmos somente na casta dos legisladores como agentes corruptores,
eles podem ser os corrompidos pela casta dos executivos ou até mesmo pela casta
de judicantes.
Cada um fazendo a sua parte
No momento em que vivemos nessa
nova-democracia-nova, precisamos de pessoas que se vistam do heroísmo
mitológico grego. Estamos precisando de Hercules, estamos precisando de heróis
que se vistam de realidade e resolvam cortar cabeças e caldas de seus monstros
sistêmicos.
Precisamos de Legisladores
heróis que matem as hidras oroborísticas do sistema legislativo. Nas
Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Federal e no
Senado;
Precisamos de Executores que matem
seus monstros, criando sistemas de controle competente para coibir e proibir,
exterminar a sangria nas prefeituras, governos e presidência;
Acima de tudo...
Precisamos de judicantes que não
aceitem a grana fácil dos corruptos para mantê-los no poder, enquanto ainda
tiverem dinheiro para comprar essa estadia. O País precisa de heróis e não de
seres perfeitos, não há tal ser por aqui. Precisamos de Juízes que não se
vendam, promotores que não se permitam comprar, de desembargadores que não se
deixem subornar por prazeres fúteis e passageiros, precisamos de Ministros
JUSTOS para o bem comum.
Se cada um de nós fizer seu
trabalho “hercúleo” de nunca desistir, de buscar a todo custo um País melhor a
cada dia, seremos em pouco tempo a Suíça dos trópicos. E porque não?
A povo?!
Nas ruas, nas ruas, nas ruas.....
pressão, pressão, pressão....
Precisamos denunciar como
sociedade, nos ministérios públicos toda e qualquer ato de corrupção daqueles
que se valem do poder que nós demos a eles, para nos enganar e nos escravizar com
a venda da ignorância. Busquemos conhecer e ver, os portais de transparências,
provocar audiências públicas em busca de respostas, e tantos outros mecanismos
que estão a nossa disposição para fazermos do nosso País um lugar melhor para
vivermos e envelhecermos, vendo nossos filhos nascerem, crescerem e viverem com
toda tranquilidade possível.
Termino fazendo a mesma pergunta:
VOCÊ É CORRUPTO? Se deixa calar
pelo salário, pela tranquilidade do emprego .... pense nisso.
Posso estar sendo meio piegas – ridiculamente
sentimental – mas é isso que penso no momento.