"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

UM BANDO DE ALIENADOS

Passei o fim de semana na frente da TV, assistindo de quase tudo. Principalmente as notícias. Constatei que não temos – a grande massa – nenhum pingo de conhecimento e o pior, de interesse, com relação ao que estamos vivendo como provo brasileiro. Assistir aos noticiários, hoje não é mais passatempo ou busca de informação. É um verdadeiro exercício de civismo, um trabalho árduo para catar o que realmente interessa. Mesmo nos canais menos alienantes já é difícil ver o que realmente tem acontecido.

Em tudo, um tipo de notícia se destaca: a violência. Em todas as emissoras a violência graça de forma livre e as vezes até tendenciosa, todos somos submetidos a todo tipo de informação que iniciam bem cedo nos “balanços gerais” da “vida”. Depois as “cidades alertas”, os “datenas” que se misturam com os jornais televisivos da noite. Violência, violência, violência. Só isso.

Contrapondo esse tipo de notícia, porém com não menos violência, estão as notícias de corrupção ilegal e as corrupções legais, como desmandos e privilegialismos autoconcedios por políticos e agentes políticos. Ao fim dessa maratona estamos desiludidos e desgostosos com a ‘vida brasilis’. Não temos muito a esperar desse País, penso eu.

Sou forçado a concordar com a fala do Senador Cristovam Buarque que disse: “... nada menos que uma revolução.” (
http://www.otempo.com.br/opinião/cristovam-buarque/caiu-a-ficha-de-quanto-a-vida-está-inviável-1.675935)

Será que teremos coragem de fazer uma revolução? EU DUVIDO! Duvido e vou dizer porque.

Existe um grupo grande de alucinados pela cantora Bionce, acampados a 30 dias da apresentação, em frente o Mineirão. Tem gente que largou o emprego e está vivendo em barraquinhas acampados esperando a mais de 30 adias, para ouvirem canções que irão durar nada mais que no máximo três horas.

Outros não menos alienados, estão vendendo quase tudo que possuem para juntar um troquinho e gastar em passagens e hospedagens, para verem o Atlético Mineiro jogar em arrochos a final do campeonato mundial.

Outros não menos fanatizados e alienados se debruçam em idolatria a religiosos – os mais diversos – de padres a ‘apóstolos’, esquecendo da realidade atual do País.

Fico realmente pasmo.

Não são contra música ou shows, pelo contrário. Sou músico, gosto de uma boa ‘cantiga’ já fui a muitos shows. Mas será que esses tadinhos que vendem tudo, pedem demissão, largam todos pelo caminho, somente para assistirem show e ver um jogo ou ir a um culto, seriam capazes de fazer isso para mudar os rumos do País? Duvido. Irão alegar que precisam trabalhar, que não podem ficar “ali” perdendo tempo....

Como seria se nosso País fosse “invadido” por fanáticos por justiça? Se ficássemos acampados nos jardins do Congresso? Entrássemos para pressionar os maus políticos a votarem de forma justa? Se fossemos até o palácio da Justiça conversar com os ministros do STF, do EST, da PGR, mostrar que estamos apoiando as decisões corretas? Como seria se mostrássemos a todos os congressitas que estamos vendo e ouvindo alto e claro o que eles estão fazendo? Como seria se partíssemos para cima dos vândalos patrocinados pelos poderes, com a mesma gana que eles partem para cima de um banco ou instituição, para destruir e enfraquecer nossas intenções de justiça? Como seria se agíssemos contra essa turma de bandidos a mando de bandidos?

Como seria se mais de 50% dos eleitores do Brasil não votasse no próximo pleito em protesto?¡ Seria no mínimo lindo!

Duvido se não mudaríamos o Brasil em menos de 12 meses.

Mas acho que isso não vai acontecer enquanto o futebol, o carnaval e outras atenuantes mais forem evidenciadas pelo poder da mídia.

No mais, que venham os “cisnes negros”, os “centésimos macacos”.

Termino esse longo texto com um frase de um livro do rabino Niltom Bonder: “SE NÃO AGORA, QUANDO?!”

Boa semana a todos.

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