"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A “MORAL INDIVIDUAL” versus A “MORAL CORPORATIVA”

É amoral o comportamento dos políticos brasileiros. Todos, ou quase todos perderam a moral. Já não decidem mais por seus conceitos individuais, por seus valores morais íntimos; decidem sim, pela moral e pelo conceito grupal.

Decidem com o grupo político a que pertencem, juntamente com milhares de filiados espalhados pelo Brasil – mas sem a participação efetiva desses. Decidem também com o grupo político oligárquico que comanda os rumos das decisões de cima para baixo – entenda-se Partido dos Trabalhadores, atual detentor do poder executivo.

Esses políticos, notadamente sem moral, rezam pela cartilha da ignomínia geral, como se praticassem sexo em grupo contra o povo. Cabe aqui um trecho da música dos Detonaltas “Quem é você?”:
“...eles são o parafuso e você é porca.”
Não me falta coragem para ser mais claro na comparação, porém me resta ainda um pouco de prudência.

Deixo para a reflexão comentada daqueles que me seguem tanto no Blog quanto no Face, um trecho do livro de Albert Einstein, “Como vejo o mundo”.

“O ESTADO DIANTE DA CAUSA INDIVIDUAL
 Faço a mim mesmo uma antiquíssima pergunta. Como proceder quando o Estado exige de mim um ato inadmissível e quando a sociedade espera que eu assuma atitudes que minha consciência rejeita? É clara minha resposta. Sou totalmente dependente da sociedade em que vivo.
 Portanto terei de submeter-me a suas prescrições. E nunca sou responsável por atos que executo sob uma imposição irreprimível.
 Bela resposta!
 Observo que este pensamento desmente com violência o sentimento inato de justiça. Evidentemente, o constrangimento pode atenuar em parte a responsabilidade. Mas não a suprime nunca. E por ocasião do processo de Nuremberg, esta moral era sentida sem precisar de provas.
 Ora, nossas instituições, nossas leis, costumes, todos os nossos valores se baseiam em sentimentos inatos de justiça. Existem e se manifestam em todos os homens. Mas as organizações humanas, caso não se apoiem e se equilibrem sobre a responsabilidade das comunidades, são impotentes. Devo despertar e sustentar este sentimento de responsabilidade moral; é um dever em face da sociedade.
 Hoje os cientistas e os técnicos estão investidos de uma responsabilidade moral particularmente pesada, porque o progresso das armas de extermínio maciço está entregue à sua competência. Por isto julgo indispensável a criação de uma "sociedade para a responsabilidade social na Ciência". Esclareceria os problemas por discuti-los e o homem aprenderia a forjar para si um juízo independente sobre as opções que se lhe apresentarem. Ofereceria também um auxílio àqueles que têm uma necessidade imperiosa do mesmo. Porque os cientistas, uma vez que seguem a via de sua consciência, estão arriscados a conhecer cruéis momentos.”

“Como vejo o mundo” de Albert Einstein – 11ª. Edição; Nova Fronteira; 1953.

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Se os políticos “eleitos por nós” pudessem ser tirados por nós, se não nos representasse a contento. Creio que entrariam no mundo político com menos sem-vergonhice. 

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