Estudando sobre o texto abaixo,
me deparei com uma série de notícias, comentários, posts (...), em fim, uma
diversidade enorme de fontes que notificam a tentativa de exterminar os valores
familiares com a imposição de uma cultura sócio-política homo-afetivizante, ao
mesmo tempo que prega abertamente o racismo contra os homossexuais. Não obstante
tudo isso, também me deparei com a não novidade dos grupos religiosos que se
arvoram a “dominadores de Deus”. Estes, “mandam” e “desmandam”,
determinam que o Eterno, o Criador de tudo que existe, tudo que é visível e
invisível, lhes atenda os desejos. Diante disso tudo o estudo de hoje ganhou
novas cores. Vamos ao texto de hoje:
“Jesus e os
alunos – discípulos – continuaram percorrendo as cidades de Cesareia de Filipe.
No caminho, ele perguntou a eles: ‘Quem as pessoas dizem que eu sou?’. ‘Alguns
dizem que você é João, o Imersor’, eles lhe disseram, ‘outros, que é Elias – Eliyahu
–, e há quem afirme: um dos profetas’. ‘E vocês’, ele perguntou, ‘quem dizem
que eu sou?’. Kefa respondeu: ‘Você é o Machiach – Messias’. Então Jesus os
advertiu de que não dissessem nada, a ninguém, a seu respeito. Ele começou a
lhes ensinar que o Filho do Homem deveria suportar muitos sofrimentos, ser
rejeitado pelos anciãos, principais Sacerdotes e mestres da Torah. Após isso,
seria morto, mas, depois de três dias, ressuscitaria. Ele lhes falou claramente
sobre o assunto. Pedro o levou para o lado e começou a repreendê-lo.
Entretanto, Jesus se virou e, olhando para os alunos – discípulos – repreendeu Pedro:
‘Afaste-se de mim, Satan! Seu raciocínio procede de uma perspectiva humana, e
não do ponto de vista de Deus!’.”.
Marcos 8:27
a 33
A pergunta de Jesus é perfeita
para definir o que a sociedade mundial pensa hoje: “QUEM as pessoas dizem
que eu sou?” É perfeita porque essa sociedade adoecida está perdendo sua identidade,
está perdendo de vista quem ela é realmente. No mundo globalizante, ter uma
máscara, uma “nova” cara, um “novo” jeito, uma “nova” forma, um perfil, é mais
importante que ser quem se é. Tem sido preferível agir de forma aparente e politicamente
correta, que agir simples e corretamente. A pergunta de Jesus é perfeita porque
expõe o verdadeiro sentimento e a verdadeira crença daqueles que se dizem seus
alunos.
No texto, aqueles alunos dão a
outras pessoas, a autoria do que eles mesmos acreditam: “uns dizem que és
João, outros dizem que és Elias; outros dizem que és qualquer dos profetas”. Dar
aos outros de nós o “mérito” pelo que cremos em nós, é prática milenar como se pode
observar. Mas nem por isso é uma prática correta. “Quem sou eu?” Jesus
pergunta! “Quem sou eu para você?”.
Quando o Mestre faz essa
pergunta, ele nos questiona quem estamos vendo nele, quem achamos que ele é, quem
pensamos que ele seja. Quando Jesus perguntou isso aos seus alunos – da mesma
maneira que pergunta hoje – ele quer saber quem estamos vendo nele.
Para o povo Judeu, o Messias é
uma pessoa especial, que “surge” em uma ocasião especial, com uma função
especial e com aptidões especiais, para dizer o mínimo. O Messias é também o próprio
Eterno, pois ele carrega em si, resposta as preces feitas ao Pai. Sendo então o
representante da vontade misericordiosa do Eterno Misericordioso e Justo, o Messias
torna-se filho legítimo de ADONAI – Bendito seja ELE. É isso que Jesus pergunta
aos seus alunos, ontem e hoje.
“Quem dizem que eu sou?”, “Quem,
vêm em mim?”
Quem você diz que Jesus é? Quem você
vê em Jesus? Um homem bom, que lhe socorre nos momentos de angustia e dor?; Um
profeta vociferante, a quem você busca para “apanhar” como forma de
penitência por seus erros crônicos?; Um homem justo que dá a devida paga aos
que merecem?; Um garoto de recados, de seres humanos recalcados que esbravejam
suas determinações imbecis usando seu nome?;Quem é Jesus para você? Quem é que
você vê em Jesus?
Em meio aos alunos, que naquele
dia – a mais de dois mil anos atrás – estavam batendo cabeça para
identificar teologicamente, filosoficamente, religiosamente, quem era Jesus;
Pedro, o afoito de todos, identificou seu mestre em si mesmo. Ele enxergou o
PAI, o Eterno, no Filho limitado. Ele viu ADONAI em Yeshua. Benditos sejam. Sem
titubear ele afirmou: “Tu és o Messias.” No relato escrito pelo levita
Mateus, no capítulo 16, existe o acréscimo: “... o filho vivo de Deus ...”,
ou como conhecemos comumente, “... o filho do Deus vivo...”. Pedro
identificou o Santo dentro do ser humano, identificou o sopro primordial,
identificou o dito Divino do princípio de tudo: “... e sejam eles, nossa
imagem e semelhança...”. Foi “isso” que Pedro viu. É nessa absoluta revelação
espiritual, condensada na fração dos segundos eternos das palavras pronunciadas
por aquele pescador, que está à verdade absoluta da resposta desejada por
Jesus. TU ÉS AQUILO QUE SERÁS!
Ninguém “será” nada, se
não “já for”, antes que “se torne”, aquilo que é.
Pedro, por revelação do Espírito Santo,
vê o que Jesus é, antes que ele se torne. E é em Romanos, capítulo um, verso
quatro, que encontramos essa desconcertante verdade: “... declarado Filho de
Deus em poder, segundo o Espírito Santo, por meio da ressurreição dos mortos,
Jesus, O Messias, nosso Senhor...”. Essa estonteante e desconcertante
verdade assusta e ao mesmo tempo alegra o coração deste pecador que escreve
este artigo. PEDRO VIU EM JESUS, QUEM ELE SERIA. Paulo confirma essa
declaração alguns anos depois.
Mas por que Pedro viu em Jesus,
aquilo que ele seria?
Toda revelação é um contexto
futuro, embutido em um pedaço do presente. Sem a observação da totalidade da
realidade, essa revelação se perde ou vira premonição. Naquele momento, o
Eterno, revelou pelo Espírito Santo, que Jesus cumpriria a principal das
profecias para se tornar filho de Deus, o Messias: BeRêSHIT (bereshit).
Esse termo hebraico que se tornou
uma das mais mal traduzidas palavras da Bíblia, é na verdade a primeira
profecia sobre o Messias. “Com (Be), [o] Cabeça (Rosh), [no] madeiro (IT –
redução de IaTeD)” Deus criou seus filhos.
Acredito que você possa nunca ter
recebido essa informação, da maneira que está recebendo agora. E acredite, por
mais estranha que ela pareça, é assim que é. Entrarei em detalhes em outras
publicações, ainda com base nesse trecho de Marcos.
Aceitando você ou não, Pedro viu,
identificou Jesus como sendo o Messias, mas não entendeu o que era necessário
Jesus fazer para ser de fato o Messias, o filho da raça humana. O filho do
homem, prometido como Salvador.
Termino essa primeira parte do
estudo perguntando: Quem é Jesus para você? Quem você está vendo em Jesus?
Pense nisso.
Deus lhe abençoe.
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