Viver em paz ou desfrutar dela é
o objetivo de quase todos. Às vezes eu me pergunto – como hoje – onde a paz se
acomoda em mim?
Onde a paz se esconde dentro de
mim? Como ela consegue passar despercebida e surgir de repente como se nunca
houvera desaparecido? Como ela pode se confundir com os momentos de angustia? Estranho
esse questionamento.
Talvez a explicação esteja na
escrita da palavra paz – SHALOM, em hebraico – Shalom inicia com a letra SHIM,
a letra da tribulação, da tragédia, da angustia, da provação. Talvez por isso
não perceba quando a paz se inicia; o momento de angustia se mistura com o
início da Paz. Porém não há nenhuma possibilidade de percebermos a paz que
chega se não aprendermos o que essa transição quer nos ensinar; esse
aprendizado requer esforço, dedicação, confiança que “isso vai passar”. “Vai
passar”, não porque “tudo passa”, mas porque a tribulação sempre é o início da
Paz.
Esse aprendizado nos salva da
frustração que inevitavelmente nos leva para um estado de depressão. Essa salvação
nos puxa para cima na direção da última letra da palavra SHALOM, o MEM; estando
no final da palavra é reconhecido como “mem fechado”, que representa o
ensino oculto, ou a benção oculta no aprendizado de conviver com a tribulação.
Mem também é a representação da água, o útero da vida, o início de uma nova
jornada.
Acho que nesse momento, quando
nos percebemos dentro d’água, é que encontramos, ou percebemos com mais clareza,
a paz que tanto buscamos.
Seja como for, não é nada fácil
acalmar a turbulência emocional causada pela percepção da tragédia nem aprender
com ela, mergulhando na salvação que as águas do reconhecimento da soberania de
DEUS proporcionam.
Acho que já sei onde a paz se
esconde dentro de mim: em um cantinho cheio de água.
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