Essa afirmação pode, para você, parecer um tanto
sensacionalista. Mas não é. Estou mesmo cansando de viver aqui nesse planeta. Às
vezes até entendo as “maluquices” poéticas de Raul Seixas pedindo para o mundo
parar que ele queria descer, perguntando se algum ET poderia leva-lo em um
viajem para outro lugar. É por ai...
Pensei que esse meu desencanto com a existência fosse
sequela da cirurgia; afinal extirpar parte de uma glândula que provê hormônios
para o organismo não parece ser muito normal. Mas estou achando que não é isso.
Estou cansando mesmo desse mundo cada vez mais vazio de sentido.
Parei de “entrar” no Facebook, por não ter mais paciência
para ler, ver, ouvir, tanta babaquice, de tanta gente que por não ter nada pra
falar e pra fazer fica postando “frases feitas”, sem efeito nenhum em suas
vidas e nem na vida dos seres humanos de carne e osso; Tem sido difícil o
exercício diário de logo cedo dar uma lida rápida nos “principais” veículos de
informação do País – todos falam o mesmo “nada”, todos dizem a mesma “coisa
nenhuma” – leu um, leu todos.
Hoje é dia de reunião aqui na Comunidade Messiânica Beit-Alef,
na “Casa de Ensino”. Um grupo de pessoas – umas 15, no máximo – que se reúnem semanalmente
aqui na garagem de minha casa, para estudarmos os ensinos de Jesus, mas nem
isso tem me feito menos insatisfeito com a vida. Estou cansado (...).
Sou literalmente um viciado em aprender, não consigo ficar
sem aprender algo novo, meu caráter questionador, inquiridor não me deixa
parado um segundo; fico buscando uma nova pergunta para encontrar respostas
para ela; o tempo todo é assim, desde a minha infância. Isso me fez autodidata,
objeto de zombaria entre os parentes mais velhos e até os da minha idade. Hoje
aos 51, continuo fazendo a mesma coisa, estudando para me tornar uma pessoa
menos pior. Sei dos meus defeitos e aprendi a conviver com eles da melhor forma
possível. Mas é difícil viver entre pessoas que nem sequer leem “bula de
remédio”. E tudo isso, como diz a minha esposa, “é culpa dos governos que não
ensinam ninguém a ler, somente juntar letrinhas...” (...), fiz até um programa
de TV sobre esse assunto, com o primo e pedagogo Jean Jones.
As vezes acho que a vida é um carro.
Se for, hoje – nos dias atuais – tenho três opções: 1)
deixar o “motor apagar” e parar essa geringonça; 2) acelerar o máximo que puder
e capotar na primeira curva, ou “dar com a cara em um muro”; 3) seguir
dirigindo mesmo que insatisfeito, mas apreciando a paisagem.
Acho que o menos
danoso para meus familiares é a terceira opção.
Terminando, peço encarecidamente: Se você que leu este
post desabafante, achar que o que eu preciso é “de Jesus na minha vida”, cuidado,
diga isso olhando para o espelho, lendo em voz alta o texto abaixo.
“E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me
com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu
Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar. Atentei para todas as obras
que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo é vaidade e aflição de espírito. Aquilo
que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular. Falei
eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em
sabedoria a todos os que houve antes de mim (...); e o meu coração contemplou
abundantemente a sabedoria e o conhecimento. E apliquei o meu coração a
conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que
também isto era aflição de espírito. Porque na muita sabedoria há muito enfado;
e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.” Eclesiastes 1:13 a 18.
Bom 24 de novembro de 2013.
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