Quando escrevi o último artigo sobre o estudo do capítulo de
Marcos oito, intitulado “O sofrimento é para os filhos”, pode ter dado a
impressão que sou masoquista, ou gosto de sofrer (...), não se trata disso. Acredite.
Mas o fato de estarmos vivendo em uma sociedade muito
religiosa, para não dizer fanatizada por conceitos religiosos tortos e torpes,
faz com que o choque de conceito se faça necessário. Aos filhos de Deus
foi dado sofrer pela implantação do Reino. A glória se é que há, virá depois
(...).
Porém entendo que existem evidências bíblicas que mostram a
existência da alegria e da felicidade – embora alguns pessimistas digam que
não. Essa felicidade, esse estado de alegria, esses momentos de total e puro
prazer, são proporcionados pelo próprio ETERNO, bendito seja ELE, quando nos
olha e nos cuida totalmente.
O livro dos Salmos é uma verdadeira coletânea desses
momentos de felicidade.
O Salmo 1, diz que feliz – bem-aventurado – é aquele
que tem seu prazer, seu sentimento de plenitude, seu orgasmo emocional e
intelectual, preso ao estudo da Lei divina. Erroneamente a religião estabeleceu
preceitos legais, sem saber qual é a Lei de Deus. De forma simplista, mas não
simplória, a Lei de Deus é o cuidado com o próximo. Só isso. Meditar sobre esse
fato e transformar essa meditação em ação é que traz alegria e felicidade
àquele que cumpre tal Lei;
No Salmo 4, versos 7 e 8, a declaração de total dependência
do Altíssimo é fundamental para o estado de alegria pacífica: “Puseste
alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o
trigo e o vinho. Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me
fazes habitar em segurança.”
No Salmo 9, encontramos no verso 2: “Em ti me alegrarei e
saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.”. O prazer
e a alegria dos que reconhecem o ETERNO como seu provedor é clara e pode ser
encontrada no verso 10: “Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque
tu, SENHOR, nunca desamparaste os que te buscam.”;
Eu poderia transcrever grande parte do livro dos Salmos,
para justificar e comprovar que a vida de filho de DEUS, não é apenas
sofrimento. Porém vou me deter a um trecho do verso 11, do Salmo 16, que diz: “...na
tua presença há fartura de alegrias;...”.
Fartura de alegrias é o estado em que vive todo aquele que é
filho de Deus. O sofrimento é para os filhos, sim. Pelos motivos já
apresentados. Mas a fartura de alegria também é para os mesmos filhos. Como
pode ser? Seriam os filhos de Deus masoquistas? Não. Nada disso. Os filhos de
Deus sofrem por ver a ignorância que graça em meio a desgraça plantada pelos
espertalhões, pelos mercenários, pelos agiotas, pelos corretores do Reino.
Esses desgraçados que cobram pelo que lhes foi oferecido de graça é que nos faz
sofrer, não porque nos ataquem diretamente, mas porque levam milhares de
pessoas para um inferno existencial, onde o dinheiro é o deus.
Sofremos por sermos rejeitados pelos “donos da religião”,
pelos que se acham superiores ao próprio Jesus. Sofremos porque poderíamos ajudar,
mas essa ajuda nos é proibida, até de ser oferecida. Sofremos porque os reis
dos best-sellers inoculam suas heresias na mente de pessoas incapazes de
raciocinar e ver que o que lhe está sendo apresentado é tudo mentira. Sofremos
porque vemos todos ficarem presos num emaranhado de certezas sem nenhuma
verdade. Sofremos porque nossa alma se angustia vendo pessoas queridas como
ovelhas sem pastor.
Esclarecido o fato de que aos filhos de Deus cabe o
sofrimento, mas também cabem todas as alegrias do mundo, deixo a todos a Paz.
Deus lhes abençoe.
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