"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

sábado, 7 de janeiro de 2017

IGREJA DE JESUS – A PORTADORA DOS MILAGRES



Nenhum Estado pode. Mas a Igreja de Jesus poderia – se soubesse quem é, evitar os massacres nas penitenciárias.
Ainda me lembro quando entrei no pavilhão da Penitenciária Vidal Pessoa, na Sete de Setembro em Manaus, com mamãe Ruth Rocha, na década de 1980. Ela era a única mulher autorizada pela direção do presídio a entrar no pavilhão masculino; vazia isso todo domingo para pregar o Evangelho de Jesus às pessoas que estavam lá. Fui algumas vezes com ela e me assustei com o que vi – a maldade estava estampada nos rostos, nos gestos, nos olhares que congelavam o sangue (...); me surpreendi com a coragem de Mamãe, aquela mulher pequena e franzina, mas de uma coragem descomunal. Algumas vezes ela peitou alguns dos chefes da cadeia pública em nome de Jesus. Ela era uma mulher respeitada naquele ambiente. Seu trabalho de evangelização, no presídio feminino rendeu-lhe a condição de evangelizar também entre os homens daquele lugar. Assustador e Maravilhoso lembrar disso agora.

Fui umas poucas vezes com ela; certa vez eu perguntei porque teimava em fazer o trabalho de evangelização na penitenciária, custeando tudo do próprio bolso, sem o apoio da Igreja Batista de Constantinópolis – onde éramos membros – ? Ela me disse de forma categórica: “eu não preciso da congregação pra fazer nada, eu sou a Igreja de Jesus, faço porque esse é o meu ministério. Alguém tem que fazer, meu filho, então eu faço...”. E fez até não poder mais.

Sua ação evangelizadora dentro daquele presídio, extrapolou as celas e os muros, os que se convertiam ao Senhor – mudavam de comportamento e ganhavam a condicional – iam trabalhar na casa da Dona Ruth. É, algumas das senhoras que cuidavam de nós, faziam nossa comida, lavavam e passavam nossas roupas eram presidiárias – assassinas violentas (...); trabalhavam em nossa casa com carteira assinada e carta de recomendação (...), entre os homens, somente um, Jackson – mas não ficou no Caminho muito tempo, tinha sérios problemas familiares e não conseguiu sobreviver fora da marginalidade (...). Mas mamãe nunca desistiu dele.

Quase a uma semana dos massacres nas penitenciárias de Manaus, estou lembrando das experiências que tive com mamãe naquela unidade prisional.

O Estado – seja qual for o governador – não tem capacidade de mudar aquelas pessoas que estão lá dentro, não tem capacidade de torna-los seres humanos novamente, não tem. Só um milagre pode fazer isso e a Detentora dos Milagres de Jesus é Sua Igreja – com maiúsculas mesmo. Porém o que vemos, infelizmente, é uma organização de homens que entregou-se ao fascínio do dinheiro, aos cultos de poder e muito pouco, a um hedonismo satânico e diabólico, nada tem de milagrosa. Não representa mais a Senhor que Salva nossa humanidade.

Hoje consigo ver o problema e a solução para evitar outras atrocidades iguais – O EVANGELHO DE JESUS, mas não sei por onde começar (...).


Deus tenha misericórdia dos inocentes.

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