"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

domingo, 26 de fevereiro de 2017

“NASCEMOS PARA MUDAR O MUNDO”

Imagem extraída da WEB

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Evangelho de Mateus, 5:3 a 12

A maldade humana me agride, me incomoda, me fere, me angustia. Fico admirado como tanta gente gasta tempo assistindo filmes de terror, e/ou filmes que mostram a maldade humana com tanta naturalidade. O mal existe e não preciso de filmes ou documentários para saber disso – ele vive em mim.

Sofro com a desumanidade que causa tanta desgraça aos seres da terra; me incomoda a frieza dos políticos, que sequer pensam além de seus gabinetes e/ou casas luxuosas, quando roubam descaradamente recursos públicos destinados ao bem comum; me sinto agredido pelo cinismo dos religiosos criadores de fantasias e doutrinas humanas, que se aproveitam desse povo cansado de tanto engano e que busca em congregações religiosas um refrigério e só encontra mais engano, mais desassossego, mais frustração; me revolta o sentimento de impotência diante do quadro educacional brasileiro que fecha os olhos para a realidade de uma multidão de analfabetos funcionais e abraça as estatísticas ilusórias que “mostram”, sermos um País educado. Essas mentiras me agridem.

E nesses momentos em que me sinto agredido por tanta maldade externa, me percebo odiando meus agressores e me reconheço tão desumano quanto eles. É assim que sei do mal que vive em mim (...), da mesma forma que vive em qualquer outra pessoa.
(...)
Me agarro à Palavra quase que desesperadamente e permito que Ela me abrace e me sustente com a Bondade do Eterno. Procuro transformar toda essa inquietação em criatividade, em produção do bem, em vida. Por vezes não consigo, outras vezes consigo realizar algumas coisas produtivas para a humanidade que me cerca.

Um dia, conversando com Mamãe Ruth, expus à ela esses meus momentos de angustia e ela me disse calma e segura: “filho, eu também me sinto assim as vezes, mas nascemos para mudar o mundo e sem essa angustia não saberíamos o que mudar.”. Nunca esqueci, e quando me sinto assim, como hoje, incomodado com a desumanidade, eu lembro do dito da minha sábia Mãe: “nascemos para mudar o mundo.”

É isso.

Deus seja com todos nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário