Imagem extraída da WEB |
“Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que
choram, porque eles serão consolados; Bem-aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque
eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão
misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os
que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados
sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”
Evangelho de Mateus, 5:3 a 12
A maldade humana me agride, me incomoda,
me fere, me angustia. Fico admirado como tanta gente gasta tempo assistindo filmes
de terror, e/ou filmes que mostram a maldade humana com tanta naturalidade. O
mal existe e não preciso de filmes ou documentários para saber disso – ele vive
em mim.
Sofro com a desumanidade que
causa tanta desgraça aos seres da terra; me incomoda a frieza dos políticos,
que sequer pensam além de seus gabinetes e/ou casas luxuosas, quando roubam
descaradamente recursos públicos destinados ao bem comum; me sinto agredido
pelo cinismo dos religiosos criadores de fantasias e doutrinas humanas, que se
aproveitam desse povo cansado de tanto engano e que busca em congregações
religiosas um refrigério e só encontra mais engano, mais desassossego, mais
frustração; me revolta o sentimento de impotência diante do quadro educacional
brasileiro que fecha os olhos para a realidade de uma multidão de analfabetos
funcionais e abraça as estatísticas ilusórias que “mostram”, sermos um
País educado. Essas mentiras me agridem.
E nesses momentos em que me sinto
agredido por tanta maldade externa, me percebo odiando meus agressores e me
reconheço tão desumano quanto eles. É assim que sei do mal que vive em mim
(...), da mesma forma que vive em qualquer outra pessoa.
(...)
Me agarro à Palavra quase que
desesperadamente e permito que Ela me abrace e me sustente com a Bondade do
Eterno. Procuro transformar toda essa inquietação em criatividade, em produção
do bem, em vida. Por vezes não consigo, outras vezes consigo realizar algumas
coisas produtivas para a humanidade que me cerca.
Um dia, conversando com Mamãe
Ruth, expus à ela esses meus momentos de angustia e ela me disse calma e segura:
“filho, eu também me sinto assim as vezes, mas nascemos para mudar o mundo e
sem essa angustia não saberíamos o que mudar.”. Nunca esqueci, e quando me
sinto assim, como hoje, incomodado com a desumanidade, eu lembro do dito da
minha sábia Mãe: “nascemos para mudar o mundo.”
É isso.
Deus seja com todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário