Esse espaço tem sido nosso meio
de encontro. Você no seu lugar e eu no meu.
As semanas anteriores foram muito
proveitosas e singulares. Com a graça de Deus, terminei o livro “Minha
verdade sobre o dízimo”. Agora e seguir a programação de fazer a
paginação, diagramação e impressão. Nesse primeiro momento de forma artesanal,
pois os recursos para bancar uma impressão gráfica industrial, inexistem. Mas
tudo corre dentro do caminho traçado pelo Senhor de toda a terra. Quando tudo
estiver pronto, anunciarei a data de lançamento.
O artigo sobre a “Mãe impura,
filha possessa”, foi postado com muita dificuldade, devido ao péssimo
serviço de internet aqui na Região Norte do País, principalmente na cidade de Itacoatiara.
Mas, hoje quero tratar de um assunto não menos interessante que os anteriores,
e que carrega a mesma carga de pessoalidade. Vamos ao texto:
“Depois disso, ele deixou o distrito de Tzor (Tiro) e, atravessando Tzidon (Sidon) e o lago Kinneret (Genezaré), chegou à região das Dez Cidades. Trouxeram-lhe um homem surdo e que não conseguia falar, e pediram a Jesus que lhe impusesse as mãos. Levando-o consigo para longe da multidão, Jesus pôs os dedos nos ouvidos do homem, cuspiu e tocou em sua língua; então, olhando em direção ao céu, suspirou fortemente e lhe disse: ‘Hippatach!’ (isto é, ‘abra-se’). Os ouvidos do homem foram abertos, sua língua se moveu livremente, e ele começou a falar com clareza. Jesus ordenou às pessoas que não dissessem nada a ninguém; quanto mais ele insistia, mais zelosamente elas espalhavam as notícias. As pessoas foram tomadas de espanto e diziam: ‘Tudo o que ele executa, faz muito bem’. ‘Faz até mesmo o surdo ouvir e o mudo falar!’. Marcos 7:31 a 37
Resolvida, a questão da impureza
da grega, siro-fenícia e de sua filha, Jesus retorna ao outro lado do lago de
Genezaré, desta vez para encontrar os frutos do trabalho de “Legião”.
Como já estudamos anteriormente, o homem possesso pela loucura das múltiplas
vozes, doutrinas e costumes, foi liberto por Jesus de seus demônios e ordenado
pelo Mestre a voltar para casa, enfrentar quem o demonizava. Ele fez o que
Jesus ordenara e ainda passou a espalhar as boas notícias de salvação pelas Dez
Cidades – Decápolis. É para esse lugar que Jesus vai com seus alunos.
Ao chegar, trazem-lhe um homem
surdo-mudo. O interessante, é que no texto não é atribuída ao homem surdo,
nenhuma mazela espiritual, ele não está possuído por nenhum espírito
impuro. É somente um doente comum, um surdo com dificuldades de falar. O desejo
das pessoas era assistir um ritual religioso de cura, notem que no texto se
destaca: “...e pediram a Jesus que lhe impusesse as mãos...”. Todos
queriam ver o milagre, não como um Milagre, mas sim, como técnica humana para
“realizar” milagres.
Percebendo isso, Jesus leva o
surdo para longe dos olhares de todos e realiza um ritual ímpar. Estranho e
extravagante. Um choque para todos que leem com a atenção devida.
A imaginação coletiva é que Jesus
teria posto seus dedos – temporariamente – em cada um dos ouvidos, cuspido e
com o dedo tocado a língua do enfermo. Mas não creio que tenha sido
assim, acho que foi algo mais escandaloso. Porquê então, teria sido
necessário retirar o enfermo do meio do povo?
Seja como for, a questão é que
Jesus provoca naquele homem um verdadeiro choque emocional. Ao “tapar”
seus ouvidos com os dedos, Jesus deu ao surdo a sensação física da surdez, já
que a emocional ele já possuía. Ele não ouvia e sabia disso, ele tinha toda a
sensação do que era ser surdo. Mas não possuía uma sensação física que o
impedisse de ouvir. No momento em que Jesus “tapou-lhe” os ouvidos, as
sensações se unirão e a surdez parecia ser completa.
No momento seguinte, Jesus “cuspiu
e tocou em sua língua”. Tocar na língua com o que? COM A LÍNGUA! Língua
tocando em língua. Uma língua Santa, desprovida de preconceitos, objetivada em
somente anunciar as Boas Notícias do Reino do Céu e uma língua enferma,
travada, calada, in-falante, impedida de falar pelo que não podia ouvir.
Falar é resultado do esforço
emocional do intelecto. Esse esforço conjunto produz a fala, que é a ação –
física – de falar. Em minha opinião, o que Jesus fez foi provocar naquele homem
um choque emocional-intelectual, quando lhe invadiu a boca com Sua língua
sagrada.
ABRE-TE!
Não há como não abrir a boca e
destampar os ouvidos diante da ordem do Messias, que nos escolhe para ouvi-Lo e
falar n’Ele, por onde quer que andemos. Não existe nenhuma possibilidade de
impedir que essa língua que nos contamina com santidade invada nossa boca e nos
abençoe com esse toque mágico e inimaginável.
Não podemos sair por ai falando “de”
Jesus, temos de falar “em” Jesus. Devemos estar Nele, fomos possuídos
por Ele com seu beijo santo, seus dedos em nossos ouvidos nos fazem entender
que só podemos dar os ouvidos para Ele. Nossos ouvidos só podem ser
“emprenhados” pelo que for Sagrado, pelo que vem do Santo, por meio de Jesus, o
Messias. O Salvador.
Com os ouvidos prenhes de
salvação, precisamos fecundar, semear, emprenhar outros ouvidos com a mesma
mensagem salvadora, agora com nossa língua santa. Língua que foi santificada
pelo toque sobrenatural da língua de Jesus.
Reflita. Deus lhe abençoe.
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