"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

domingo, 29 de junho de 2014

POR QUE A CASA CAI?

É interessante perceber a expressão das pessoas que momentaneamente se interessam pelo livro, quando leem “O DÍZIMO”, que é parte do título (...). Depois, conversando, quando falo que o livro tem a ver com família e não com dinheiro, eles “perdem” o interesse. Para mim, o motivo é claro: Dinheiro é mais importante que família. Mas não tiro uma vírgula do que escrevi sobre o dízimo. Dízimo tem a ver com família e não com dinheiro ou posses e prosperidade.

Família é a célula matriz da sociedade. Família sadia, sociedade sadia. Família enferma, sociedade enferma. Quando não há família, não há sociedade. Simples assim.

Jesus faz um alerta grave em relação a importância da família. Seu alerta tem a ver com ouvir e praticar o que ele ensina – escrevo no presente, pois ele está vivo – durante a vida. Esse comportamento: ouvir e praticar faz da família uma micro sociedade forte, capaz de enfrentar os problemas sérios e graves da vida e sobreviver, saudável e mais forte ainda. Vamos ao texto.

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda." Mateus 7:24 a 27.

Como você pode ler de forma clara, por em prática “estas” palavras de Jesus é o que garante o alicerce da família. No texto, “casa” é família, moradia, lugar de abrigo (...). Quando o que ouvimos do Mestre, nos ensinos servidos nas congregações, (...) e não praticamos, não temos base para suportar as tragédias que irão fortalecer os laços familiares.

“Estas palavras”, a qual o Mestre se refere, é o texto imediatamente anterior:

“NÃO julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.

E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mateus 7:1 a 23.

Perceba que o que deve ser feito é cuidar do “outro”, do “próximo”, do familiar, da mesma forma que queremos ser cuidados, tratados, respeitados (...). Não adianta “cuidar bem dos de fora de casa” e deixar de cuidar dos que estão em casa. Esses que não cuidam dos familiares, mas dizem cuidar dos outros, são os falsos profetas, os falsos filhos de Deus, os falsos cristãos, que são facilmente reconhecidos por aquilo que falam. Fruto é palavra. Quando as palavras são doces para os que estão fora de casa, e azedas para os parentes, existe a falsidade. A esses, nem a realização dos milagres os faz participantes do Reino de Deus.

Reino de Deus é família, é cuidado, é atenção. Se não vivemos esse Reino dentro de casa, não viveremos fora dela.

Por que a casa cai? Por que as famílias se fragmentam cada vez mais rápido? Por que a sociedade está cada vez mais violenta e sem valores? Porque as palavras de Jesus não estão sendo postas em prática na vida de cada uma das pessoas que as ouve.

Pense nisso.
Eu estou pensando e não é pouco.


Deus lhe abençoe.

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