"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

POR ORA, É FELIZ NATAL.



Amanhã será 24 de dezembro, véspera de Natal. Muitos de nós – da comunidade Facebook – iremos comemorar e “bebemorar” com muita alegria; na companhia de amigos e/ou parentes. Outros farão sozinhos, em suas moradias, ou na “companhia” de muitos outros solitários (...). Outros porém, menos afortunados, não terão muito à comemorar, talvez por estarem de luto ou em luta (...). Mas não importando o participante, AMANHÃ E DEPOIS DE AMANHÃ SERÁ NATAL.

No NATAL comemora-se tradicionalmente o nascimento de Jesus, aquele que veio ao mundo – ocidental – como o filho de DEUS, como o SALVADOR, como o RESTAURADOR do equilíbrio cósmico entre CÉUS e TERRA. E quase todos, desejamos “... que  Jesus nasça em cada coração...” trazendo paz, amor, prosperidade, etc., etc., etc. (...). Porém, Jesus não pode mais nascer; Ele já nasceu e ainda continua vivo. É o ser humano de mais idade, possui mais de dois mil anos.

Estranho pensar assim, mas é a verdade – pelo menos para mim.

Creio que deveríamos desejar é que O MESSIAS, ou o Espírito Dele, nasça, brote, aflore dentro de cada um de nós. Mas pouco sabemos sobre o Messias. Lembrando das palavras do rabi Nilton Bonder no livro “A Alma Imoral”:

“O Messias é o símbolo, na dimensão da consciência, da determinação evolucionária animal, contida em seu próprio código genético. É preciso errar, infringir, violar e transgredir o status quo para que possa haver uma transcendência desejada pela própria tradição traída. Da mesma forma que a tradição precisa da traição, que a preservação precisa da evolução, que o acerto de hoje dependeu do erro de ontem, o contrário também é verdadeiro. Porque a evolução só é possível quando existe uma manifestação para ser contestada, aviltada.
(...)
O Messias que anuncia sua chegada será sempre mártir, mesmo nas mãos dos transgressores. Isso porque, ao chegar, este se transformará de rei dos transgressores em rei dos tradicionalistas. Os transgressores não querem um senhor tradicional, nem os tradicionalistas um senhor transgressor. O Messias é o sonho, somente representado por todo aquele que é o transgressor adorado, imediatamente devorado, para que este mundo não seja nem apenas da ordem do de temos que fazer nem do que não devemos fazer. Não haverá tradição sem traição, nem traição sem tradição, como não pode haver integridade do animal sem evolução, nem evolução sem integridade do animal.”

Esse é o ESPÍRITO de MESSIAS que deve nascer em nós. Se existe um momento para esse nascimento, o Natal, o “dia do seu nascimento”, é esse dia. Que todos nós possamos transgredir as Leis humanas – inertes, satânicas – impedidoras e diabólicas – acusadoras, que nos afastam do verdadeiro alvo, da verdadeira missão humana, da verdadeira vontade de DEUS para nós, seres humanos: CUIDARMOS UNS DOS OUTROS.

Para mim, o ano de 2014 ainda não acabou, está longe de acabar. Faltam sete dias – uma vida. Tudo de bom e de mal pode acontecer em sete dias, antes desse ano aperriado acabar de vez para nunca mais voltar. Mas dele – de 2014 – falarei no post de fim de ano.

Por ora, FELIZ NATAL. Que o ESPÍRITO de MESSIAS nasça dentro de você, dentro de mim. Para não sermos mais estranhos a nós mesmos; que tenhamos a coragem de ser quem somos para podermos dialogar sem neuras, sem traumas, sem frescuras, sem falsos pudores, sem culpa, sem acusação, sem nada que impeça viver em PAZ.


FELIZ NATAL.


No MESSIAS, que teima em nascer em mim, que insiste em acreditar em mim.

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