"Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres.
Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito."
Maharal de Praga (1525-1609)

domingo, 2 de abril de 2017

DEPOIS DO VALE DA SOBRA DA MORTE, NOS TORNAMOS PROVEDORES DA BONDADE E DA MISERICÓRDIA DO SENHOR.



“Ainda que ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.” (Salmo 23:4-6)

Depois dos momentos de “sombra e água fresca”, o vale da sobra da morte é passagem obrigatória para chegarmos à casa do PAI ETERNO. Porém, essa passagem conta com a presença objetiva d’Ele, “tu estás comigo”, afirma o Texto Santo. A “vara” e o “cajado”, não castigam, consolam; não açoitam, consolam; não batem, consolam. Esse consolo é protetor e acolhedor; penso que a figura da “vara” mostra que “ninguém toca nos meus” e a figura do “cajado” mostra que ELE traz, de qualquer distância, para perto de SI, seus protegidos.

Depois dessa proteção presencial e íntima, a mesa e servida. Quem prepara essa mesa é o próprio PROTETOR; prepara a mesa, nos faz sentar e nos obriga a convidar aqueles que estão diante dela: “meus inimigos”. Mas quem são esses “inimigos”? Tudo e todos que não são reconhecidos como amigos; da dor causada pela morte até a presença irritante de um ser que nos enfrenta (...); TODOS DEVEM SER CHAMADOS À COMER CONOSCO. Sei que em muitos casos, a literalidade de “chamar o inimigo para comer” não é possível, “eles” não viriam comer conosco as diferenças para deixarmos de ser “inimigos”, então comamos nós as nossas diferenças com eles, comamos nós as nossas inimizades com eles, comamos nós as nossas desavenças com quem quer que seja. Quanto a dor causada pela morte, da mesma forma. DEVEMOS JUNTOS COMER A DOR DA MORTE, JUNTO COM O SENHOR – PORQUE ELE ESTÁ CONOSCO – PARA FAZE-LA DESAPARECER DE DIANTE DE NÓS.

Ao agirmos com tamanha humildade, nosso “cálice transborda”. Transborda de que? DE BONDADE E DE MISERICÓRDIA e esse transbordo irá nos seguir “todos os dias da vida”, esse transbordo deixará seu rastro avisando que passamos por “ali” ungindo com bondade e com misericórdia, com misericórdia e com bondade. A prática diária dessas ações divinas nos curam a alma, nos saram as feridas causadas pela passagem no “vale da sombra da morte”. Habitaremos na casa do BOM e MISERICORDIOSO DEUS, vestidos de Bondade e Misericórdia; ficaremos nesse ESTADO DE GRAÇA, por muitos e muitos dias, até que chegue o dia de nascermos para a Eternidade. Aí, os que ficarem, enfrentarão mais uma vez o “vale da sombra da morte” e o ciclo de crescimento da Bondade e da Misericórdia se reiniciará para eles.

Medite sobre isso. Seja lá qual for seu “vale da sombra da morte”, no tempo certo, deixe de ser agente passivo das agruras causadas pelo “vale” e torne-se um provedor de Bondade e Misericórdia; atitude própria daqueles que PASSARAM o “vale”.


Louvado seja O BONDOSO E MISERICORDIOSO SENHOR DA VIDA E DA ETERNIDADE.

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