“Ainda que ande
pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a
tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença
dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente
que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e
habitarei na casa do SENHOR por longos dias.” (Salmo 23:4-6)
Depois dos momentos de “sombra
e água fresca”, o vale da sobra da morte é passagem
obrigatória para chegarmos à casa do PAI ETERNO. Porém, essa passagem conta com
a presença objetiva d’Ele, “tu estás comigo”, afirma o Texto Santo. A “vara”
e o “cajado”, não castigam, consolam; não açoitam, consolam; não batem,
consolam. Esse consolo é protetor e acolhedor; penso que a figura da “vara”
mostra que “ninguém toca nos meus” e a figura do “cajado” mostra
que ELE traz, de qualquer distância, para perto de SI, seus protegidos.
Depois dessa proteção presencial
e íntima, a mesa e servida. Quem prepara essa mesa é o próprio PROTETOR;
prepara a mesa, nos faz sentar e nos obriga a convidar aqueles que estão diante
dela: “meus inimigos”. Mas quem são esses “inimigos”? Tudo e todos que
não são reconhecidos como amigos; da dor causada pela morte até a presença
irritante de um ser que nos enfrenta (...); TODOS DEVEM SER CHAMADOS À COMER
CONOSCO. Sei que em muitos casos, a literalidade de “chamar o inimigo para
comer” não é possível, “eles” não viriam comer conosco as diferenças
para deixarmos de ser “inimigos”, então comamos nós as nossas diferenças
com eles, comamos nós as nossas inimizades com eles, comamos nós as nossas desavenças
com quem quer que seja. Quanto a dor causada pela morte, da mesma forma.
DEVEMOS JUNTOS COMER A DOR DA MORTE, JUNTO COM O SENHOR – PORQUE ELE ESTÁ
CONOSCO – PARA FAZE-LA DESAPARECER DE DIANTE DE NÓS.
Ao agirmos com tamanha humildade,
nosso “cálice transborda”. Transborda de que? DE BONDADE E DE
MISERICÓRDIA e esse transbordo irá nos seguir “todos os dias da vida”, esse
transbordo deixará seu rastro avisando que passamos por “ali” ungindo
com bondade e com misericórdia, com misericórdia e com bondade. A prática
diária dessas ações divinas nos curam a alma, nos saram as feridas causadas
pela passagem no “vale da sombra da morte”. Habitaremos na casa do BOM e
MISERICORDIOSO DEUS, vestidos de Bondade e Misericórdia; ficaremos nesse ESTADO
DE GRAÇA, por muitos e muitos dias, até que chegue o dia de nascermos para a
Eternidade. Aí, os que ficarem, enfrentarão mais uma vez o “vale da sombra da
morte” e o ciclo de crescimento da Bondade e da Misericórdia se reiniciará para
eles.
Medite sobre isso. Seja lá qual
for seu “vale da sombra da morte”, no tempo certo, deixe de ser agente
passivo das agruras causadas pelo “vale” e torne-se um provedor de
Bondade e Misericórdia; atitude própria daqueles que PASSARAM o “vale”.
Louvado seja O BONDOSO E
MISERICORDIOSO SENHOR DA VIDA E DA ETERNIDADE.
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